Publicado em 14 outubro de 2015 às 20:25
Grupo promoveu discussões sobre pertencimentos em favor da saúde psíquica. Atividade teve a presença de psicólogas/os e estudantes
O Grupo de Trabalho de Psicologia e Relações Raciais do CRP-03 (GTPRR) promoveu na noite de ontem (13), uma Roda de Conversa sobre pertencimentos em favor da saúde psíquica. A atividade aconteceu no auditório do Conselho e contou com a presença de profissionais de Psicologiae estudantes. A psicóloga do Instituto AMMA Psique e Negritude, também Doutoranda em Psicologia Social pela USP, Clélia Prestes, foi a convidada do GT para discutir sobre o tema.
A convidada, Clélia Prestes, falou um pouco da sua trajetória no Instituto AMMA Psique e Negritude, história com movimentos sociais e percurso acadêmico. A palestrante iniciou as discussões a partir de uma pesquisa feita sobre pertencimento em favor da saúde psíquica, com foco em mulheres negras. A psicóloga trouxe para o debate a capacidade de resistência das mulheres negras, pertencimento a manifestações africanas e afro-brasileiras e o simbolismo associado a essas. Para falar sobre o tema, Clélia Prestes analisou contexto e efeitos, a exemplo do racismo institucional, sexismo, opressão, desigualdade, discriminação, inadaptação, baixa autoestima etc. “As pessoas gostam de dizer que o racismo é invisível e não é. O racismo é escancarado. Quando pensamos em opressões que as mulheres negras vivem é legal a gente pensar como esses conceitos são naturalizados. Ela sofre todas as violências do racismo, sexismo e machismo e isso é dito normal”, afirmou.
Outros temas abordados pela palestrante foram o enfrentamento e as estratégias de resistência. “As manifestações africanas têm um significado de resistência e identidade. O pertencimento a essas manifestações favorece a saúde psíquica, no sentido de que quando eu participo, eu vejo pessoas que parecem comigo”, explicou Clélia. Segundo a psicóloga, a sensação de pertencimento é importante para ressignificar o sujeito com o grupo, seus ancestrais e a sua história. “Quando eu ouço que alguém do meu grupo teve um grande feito ou que um grupo de mulheres negras, desde o pós abolição, formou cooperativas e trabalha em rede, faz com que eu sinta que também posso ter realizações”, finalizou.
GTPRR
Durante o evento a Coordenadora do Grupo de Trabalho, Ana Luísa Dias fez uma breve apresentação a respeito do GT.A psicóloga pontuou diversas ações realizadas pelo Grupo, como a organização de seminários, rodas de conversa, atos públicos, entre outras atividades. “O GTPRR do CRP-03 é o GT mais antigo na discussão das Relações Raciais no Sistema Conselhos de Psicologia. O nosso mote é o enfrentamento ao racismo”, disse. Ana Luísa também destacou os avanços e desafios do Grupo de Trabalho: “Conseguimos pautar o debate e provocar o posicionamento político. Em contrapartida nós temos o desafio de fortalecer relações com movimento sociais e mobilizar outras pessoas para as discussões”, falou a psicóloga.
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