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Evento debate suicídio policial na perspectiva da saúde mental

Publicado em 27 janeiro de 2020 às 20:47

Evento debate suicídio policial na perspectiva da saúde mental

Dados das Corregedorias das Polícias Civil e Militar indicam que, nos anos de 2017 e 2018, ocorreram 78 suicídios nas polícias de São Paulo: 56 na Polícia Militar e 22 na Polícia Civil. Esses e outros indicadores estão no livro “Uma análise crítica sobre suicídio policial”, lançado na última sexta-feira (24), em Salvador-Ba, na sede do Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP-03).

Na ocasião, o psicólogo Jamil Torquato de Melo Filho (CRP06/143706) – que integra a equipe de pesquisadoras/es envolvida/os nos estudos que resultou na publicação – apresentou, além das estatísticas, recomendações, com foco nos agentes públicos de segurança, para prevenção desse grande problema de saúde pública mundial. 

“Durante o período em que a gente esteve nas companhias e nos batalhões, buscamos conscientizar que policiais são pessoas, não são super-heróis, que podem passar por problemas ou adversidades momentâneas, que há uma forma de enfrentar isso, que não é pejorativo procurar um profissional de saúde mental e receber orientações nesse sentido”, explicou o psicólogo Jamil Torquato de Melo Filho (CRP06/143706).

O evento também contou com participação do presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA) José Mário Lima. Para ele, é urgente ações dos órgãos públicos ligados à segurança pública para prevenção do suicídio entre policiais. “Eles têm o dever ético profissional e moral de fazer intervenções constantes  do ponto de vista de melhoria da saúde psíquica de seus membros, de seus integrantes”, declarou.

As discussões foram mediadas pelo presidente do Conselho Regional de Psicologia da Bahia – 3ª Região (CRP-03) e psicólogo Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280) que destacou o papel  da Psicologia em defesa de políticas públicas de Direitos Humanos. “A gente parte de uma defesa intransigente dos direitos humanos e da ética profissional. Nos últimos tempos, temos visto o debate sobre os direitos humanos ser considerado, muitas vezes, inadequado, desnecessário, quando na verdade, não vilipendiado,  a partir de preconceito. Fazer um evento dessa importância é demonstrar que pensar na saúde mental de nossos operadores de segurança pública é produzir direitos humanos, é pensar de forma ética e política diante de um segmento tão importante da sociedade”, explicou Rocha. 

 

O livro “Uma análise crítica sobre suicídio policial” é fruto da pesquisa realizada pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, em parceria com o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP). A atividade, realizada em parceria com o CRP SP integra a campanha do Janeiro Branco pensada, planejada e projetada para a promoção da saúde mental e emocional a partir de Políticas Públicas.

 

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