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Discussão sobre empoderamento feminino mobiliza o CRP-03

Publicado em 08 abril de 2017 às 19:25

Discussão sobre empoderamento feminino mobiliza o CRP-03

Psicólogas/os e estudantes participaram da Roda de Conversa promovida pelo Grupo de Trabalho de Relações de Gênero e Psicologia

Feminismo, despatologização das identidades trans, racismo e violência contra a mulher foram alguns dos assuntos em pauta na Roda de conversa Empoderamento e Direitos das Mulheres. Promovido pelo Grupo de Trabalho Relações de Gênero e Psicologia, o evento fez parte das atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A graduada em Psicologia e integrante do Grupo de Trabalho Psicologia e Relações Raciais, Laura Almeida; a ativista feminista, Sandra Munoz; a psicóloga da Defensoria Pública, Vanina Cruz; e a transfeminista e mestra em Cultura e Sociedade, Viviane Vergueiro foram as convidadas da Roda.

Diferentes experiências foram debatidas durante o encontro, a partir da transversalidade de elementos como raça, orientação sexual, geração e etc. Vanina Cruz trouxe para a Roda um pouco sobre a sua atuação na Defensoria. A psicóloga destacou que as formas de violência contra a mulher negra são maiores e mais agressivas. “A violência se apresenta mais forte em mulheres de classe baixa e com índice de vulnerabilidade maior. Fazendo um recorte da cor, as mulheres negras são as que sofrem mais”, falou Vanina. A convidada também pontuou a necessidade de políticas que façam valer a Lei Maria da Penha e a dificuldade de registrar outros tipos de violência, a exemplo da violência psicológica e patrimonial.

O tema da transexualidade também foi discutido na Roda. Para Viviane Vergueiro, a saúde mental e o direto das pessoas trans vai muito além do processo transexualizador.  Segundo a transfeminista, a patologização da identidade trans pode limitar a forma com que os cuidados de saúde dessa população são encarados. “Quando falo sobre a depressão, sobretudo hoje, no Dia Mundial da Saúde que leva esse tema, eu quero dizer que os cuidados para essas pessoas estão centrados em hormônios e cirurgias. Muitas/os esquecem de que nós também adoecemos e vamos encontrar formas de violências no atendimento dentro do sistema de saúde”, disse Viviane.

A questão da mulher negra e do racismo estiveram presentes nas falas de Laura Almeida e Sandra Munoz. “O empoderamento não é uma relação individual e sim, coletiva. Eu não estou construindo o meu pertencimento racial e de gênero sozinha. Eu caminho pelos passos de outras mulheres negras que chegaram antes de mim e me deram essa mão para que eu pudesse reconhecer quem eu sou”, concluiu Laura. Já Sandra Munoz convocou as pessoas a pensarem sobre empoderamento e citou as recentes mobilizações contra o assédio sofrido por diversas mulheres: “Não é de hoje que somos violentadas”.

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