Publicado em 11 agosto de 2016 às 00:04
A prática interdisciplinar para a garantia de direitos nas políticas públicas foi discutida na mesa redonda que encerrou o segundo dia de atividades da I Mostra de Práticas em Psicologia e Políticas Públicas da Bahia. O evento começou ontem (10) e se estende até esta sexta-feira, 12 de agosto, no auditório da Uneb – campus Salvador. Para falar sobre o assunto foram convidadas/os Jason Gomes Rodrigues Santos, fonoaudiólogo e Mestre em Ciência da Educação e Saúde na Infância e na Adolescência, João Paulo Macedo, psicólogo e professor da Universidade Federal do Piauí, e Luane Neves Santos, psicóloga e doutoranda em Educação.
O psicólogo João Paulo Macedo chamou atenção para o contexto no qual a/o profissional de Psicologia está inserida/o, frente às desigualdades sociais e dentro dos serviços, nas equipes multidisciplinares. O aumento de psicólogas/os que atuam nas políticas públicas, nas capitais e principalmente, no interior dos estados brasileiros também foi colocado em pauta. Durante o debate, o professor trouxe questões a respeito da formação em Psicologia e as diretrizes curriculares: “Com o processo formativo em que as grades curriculares encastelam alunas/os e departamentalizam professoras/es, em inúmeras psicologias adjetivadas e isoladas umas das outras como se fossem especializações, aprofunda-se ainda mais a falta de unidade, as insuficiências e o discurso que precisamos ainda mais nos abrir à interdisciplinaridade”.
O papel das políticas públicas nas desigualdades sociais também foi destacado por Luane Santos. A convidada compartilhou experiências da prática em equipes multiprofissionais e pontuou a necessidade de articulação entre os setores na construção de políticas efetivas. “Não faz sentido disputar, por exemplo, o que a/o psicóloga/o e a a/o assistente social fazem, pois existe um trabalho muito maior que depende dessas profissões. Cada uma delas possui uma grande contribuição de entendimentos, repertórios e conhecimentos sobre o mesmo fenômeno”, falou a psicóloga.
A importância do trabalho em rede e os obstáculos para a implementação da interdisciplinaridade foram pontos sinalizados pelo fonoaudiólogo, Jason Santos. “Além dos aspectos culturais, éticos e políticos, um dos entraves é a comunicação. Quando eu penso em uma perspectiva interdisciplinar eu tenho que levar em conta a responsabilidade coletiva tanto na sincronia das informações quanto no manejo do trabalho” falou Jason.
Compartilhe este conteúdo nas redes
Mais Posts
16 dias de ativismo chama atenção para os casos de violência contra a mulher
A campanha dos 16 Dias de Ativismo teve início em 1991, a partir da mobilização de ativistas durante o Instituto […]
Publicado em 11 agosto de 2016 às 00:04CRP-03 destaca o Dia da Consciência Negra
A Psicologia deve estar fundamentada em práticas antirracistas. É com essa afirmação que o Conselho Regional de Psicologia da Bahia […]
Publicado em 11 agosto de 2016 às 00:04Cuidar, Proteger, Transformar: O papel da/o Conselheira/o Tutelar
O Dia da/o Conselheira/o Tutelar é comemorado em 18 de novembro, no Brasil. A data foi instituída pela Lei nº […]
Publicado em 11 agosto de 2016 às 00:04