Publicado em 10 novembro de 2021 às 19:20

Autora |
Artesã |
Publicação |
2019 |
Páginas |
140 |
Disponibilidade |
Disponível na Biblioteca CRP-03 |
Forma de Aquisição |
Doação |
Instituição |
Editora Artesã |
Resumo:
Feminicídio e psicanálise – uma questão atual, é uma leitura do rasgo. Sendo mulher, experimentar esse encontro foi lançar-me à costura daquilo que dói, quando ressalta ao toque. Da letra. Do autoral. Do ato. Ao receber o convite para escrever sobre este livro, eu sabia que o caminho das palavras me faria sentir estranha – em casa. Pois o feminino reconhece os mantos que a violência encobre desde a nomeação da sua delicadeza e dos seus enigmas. Sob a égide de ser no feminino aquilo que escapa e aponta para o Real, dei início à leitura interessada na confirmação da impotência da mulher e nas estatísticas desses (des)acontecimentos da palavra no feminicídio. Pensei que ouviria o grito delas e o descaso deles. No entanto, o livro nos diz de um universo mudo para agressores e vítimas. Psicanálise e feminicídio circunscreve o amor e o ódio, de maneira a demonstrar que é na ambivalência que o sujeito sustenta sua relação amorosa. Ao percorrer pelo capítulo em que o autor aborda o conflito de amar e odiar, de amar e ser amado, de amar sendo indiferente ao desejo do outro de ser amado, percebi-me fazendo um percurso ruminante e sensorial, sendo inevitável a convocação para aproximarmos da morte. Da mulher aniquilada simbolicamente e que desaparece antes mesmo da eliminação do seu corpo. Do homem que, morto em seu luto pela presença insuportável da ausência, se faz vivo – do sangue dela. Marcell Santos, psicanalista implicado neste fazer, de quem eu tenho a alegria de ser colega, trabalha perguntas que não se resumem a ser respondidas: o que leva um homem a matar sua parceira? Se a raiz da agressão contra a mulher envolve a pulsão de morte, o lugar do analista enuncia a possibilidade de dizer sobre Isso? Enfim, parece-me que vão encontrar aqui um convite a pensar se a violência contra a mulher se inicia com o fim da história de amor e o que pode a psicanálise insistir diante dos protagonistas dessas histórias (agressor e vítima), sujeitos inseparáveis da sua constituição, formação e compromisso com seus sintomas.
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