Publicado em 23 agosto de 2016 às 21:33

Na tarde do dia 20 de agosto, psicólogas/os e estudantes participaram da roda de conversa com o tema “Orientações sobre a prática profissional quanto ao transborde da justiça: Como proceder quando as solicitações ultrapassam os limites de atuação dos serviços?”. Anderson Luis Schuck, psicólogo da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP de Santa Catarina foi convidado para debater sobre o assunto. O evento realizado no CRP-03 fez parte das comemorações ao Dia da/o Psicóloga/o.
As demandas que aparecem na Comissão foram o ponto inicial para a fala de Anderson Schuck. Questões sobre os pedidos da Justiça à/ao psicóloga/o, o posicionamento da/o profissional diante dessas situações e o compromisso das/os psicólogas/os na perspectiva da garantia de direitos foram trazidas para discussão. “Muitas dúvidas chegam à COF, em relação a o que fazer quando o a/o psicóloga/o é chamada/o para depor na frente da família que ela/e atendeu ou até de como fazer para recusar uma demanda que extrapola os limites da sua atribuição”, comentou o convidado.
Segundo Anderson, o Sistema de Justiça requer das/os trabalhadoras/es das políticas públicas, a responsabilidade de demandas que não cabe a essas/es profissionais, nem do ponto de vista ético e nem no que cabe os objetivos dos serviços. “O que deve ser feito em relação à Justiça é tudo que se refere ao público alvo, como acolher, orientar, atender naquilo que for da competência”, disse o psicólogo. O convidado citou como exemplos de transborde a produção de provas e produção de materiais comprobatórios em casos de adoção, tutela, alienação parental, entre outros. “O sistema não quer, somente, que a gente oferte o acesso e a garantia dos serviços. O pedido é relacionado a assumir funções que muitas vezes caberiam a profissionais lotadas/os nesses espaços”, explicou o fiscal.
Outro ponto de discussão foi a suspensão de resoluções do Conselho Federal de Psicologia, a exemplo do documento que regulamenta a atuação da/o psicóloga/o no sistema prisional e na escuta de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. “ No caso do sistema prisional, muitas vezes é pedido à/ao profissional que ela/e use do seu conhecimento para dizer,sem levar em conta a subjetividade do sujeito, se a/o interna/o vai reincidir no crime ou não”, destacou Anderson.
As comemorações do Dia da/o Psicóloga/o seguem até o início de setembro, em toda Bahia. Veja a programação feita para sua cidade e participe!
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