Publicado em 31 agosto de 2016 às 15:35
Por solicitação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou uma pesquisa sobre a inserção dos psicólogos no mercado de trabalho brasileiro, com base no ano de 2014.
O objetivo do relatório foi conhecer de qual forma as/os profissionais estavam inseridos no mercado de trabalho, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As informações permitiram concluir que a maioria das/os psicólogas/os entrevistadas eram mulheres, com menor proporção de negros e que grande parte das/os profissionais desenvolvem o trabalho de forma independente. Outro dado importante é que psicólogas/os negras/os ocupadas/os recebiam, em média, menos que as/os não negros. Um/a psicóloga/o negra/o, em média, recebia R$ 2.921, valor que corresponde aproximadamente a 83% do que um/a não negra/o (R$ 3.514).
A pesquisa mostra ainda que mais da metade das/os psicólogas/os (55,2%) entrevistadas/os trabalhavam até 39 horas semanais, sendo que 24,6% tinham jornada de até 20 horas semanais; 23,7%, de 21 a 30 horas; e 6,9% de 31 a 39 horas.
A distribuição das/os psicólogas/os segundo posição na ocupação revela que 42,0% atuavam na condição de forma autônoma/o, ou seja, dos quase 147 mil profissionais mapeados, quase 62 mil tinham tal tipo de inserção. Também se observa que pouco menos de um quarto trabalhava na condição de assalariado com carteira de trabalho assinada e outros 20,8% como funcionários públicos estatutários. Os empregados sem carteira de trabalho assinada representavam 8,9% do total de psicólogas/os, e os empregadores, 5,8%.
A atuação prioritária é nas atividades de educação, saúde e serviços sociais: quase 110 mil psicólogos ou 74,8% deles encontram-se ocupados nessa atividade. Em segundo lugar, com mais de 26 mil pessoas, está a administração pública, que representa 18,0% do total.
Metodologia
Por ser amostral, os resultados da Pnad podem, em princípio, ser extrapolados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e nove Regiões Metropolitanas (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre), não estando garantida a representatividade da amostra para níveis geográficos menores (município, distrito e setor) e demais regiões metropolitanas.
Acesse aqui o relatório completo: Relatório final – Projeto 2 (1)
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