Publicado em 08 março de 2023 às 14:31
O 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, é uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar atenção para a luta das mulheres contra as desigualdades de gênero, contra o machismo e todos os tipos de violência e opressão. Hoje o dia também é lembrado para homenagear as trabalhadoras de uma fábrica têxtil, que morreram por conta de um incêndio na cidade de Nova York (EUA), no ano de 1957. No total, foram 146 vítimas, sendo a maioria mulheres, por conta das péssimas instalações do local. A tragédia trouxe à tona a precariedade em que era submetida a classe operária e representou um marco na luta por melhores condições de trabalho das mulheres. Entretanto, é importante destacar que diversos movimentos estavam acontecendo no mundo inteiro pela garantia de direitos das mulheres, no âmbito profissional e na política.
No Brasil, a luta das mulheres segue acontecendo até os dias atuais, com muita resistência e apoio, principalmente, dos movimentos feministas. Ao longo dos anos, as brasileiras puderam acompanhar mudanças no que diz respeito ao direito ao voto, a serem votadas, a ocupar espaços de poder, inserção no mercado de trabalho, políticas de saúde, à criação de legislações como a Lei Maria da Penha, entre outras ações. No caso da Lei Maria da Penha, as jurisprudências acatam o direito de travestis e mulheres trans. É preciso pontuar que todas são mulheres e garantir esse direito como legítimo e inquestionável. A luta precisa permanecer para que mulheres trans e travestis também sejam contempladas. O nosso país possui grandes desafios pela frente nesse quesito. Dados do último relatório Global Gender Gap Report, do Fórum Econômico Mundial, apontam que o Brasil está no 94º lugar, em uma lista de 146 países, no índice internacional de paridade de gênero, que diz respeito às oportunidades entre homens e mulheres.
É fundamental evidenciar que o Brasil possui um alto índice de violência contra a mulher. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, todos os tipos de violência aumentaram no ano de 2022. O levantamento também revelou que são os ex-parceiros e atuais companheiros, os principais agressores, e que essas agressões acontecem, na maioria das vezes, na própria casa da vítima. Neste sentido, é imprescindível fazer um recorte para as mulheres negras, indígenas, trans, com deficiência, idosas, entre outros marcadores sociais e econômicos, que estão ainda mais vulneráveis. Informações da ONG Transgender Europe demonstram que o Brasil está em primeiro lugar na lista de países que mais matam travestis e transexuais no mundo.
O Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP-03) aproveita o dia de hoje para lembrar que, segundo a pesquisa do Conselho Federal de Psicologia (CFP) 86,36% da categoria de psicólogas/os baianas/os são mulheres. A autarquia se coloca junto aos movimentos sociais e mobilizações em favor da defesa dos direitos das mulheres, da efetivação de Políticas Públicas, fim das violências e igualdade de direitos. A Comissão de Mulheres e Relações de Gênero do regional disponibiliza no site do CRP-03, algumas publicações sobre a temática, com download gratuito.
Mulheres em movimento, onde elas quiserem!
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