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Palestra encerra comemoração pelo Dia da/o Psicóloga/o em Salvador

Publicado em 24 agosto de 2016 às 20:49

Palestra encerra comemoração pelo Dia da/o Psicóloga/o em Salvador

A comemoração pelo Dia da/o Psicóloga/o em Salvador foi encerrada nesta terça-feira (23), na sede do Conselho, com a palestra sobre “Atendimento psicológico a pessoas LGBT na superação da lógica individualizante”. A convidada da noite foi a psicóloga Daniela Murta, Doutora em Saúde Coletiva, pelo Instituto de Saúde Social da UERJ e membro do grupo de pesquisa Reprodução biológica e social, sexualidade e bioética na mesma instituição.

O compromisso da Psicologia com os Direitos Humanos e o lugar da profissão, na despatologização das identidades e das sexualidades não normativas, foram questões levantados por Daniela Murta. Ela também lembrou a Resolução CFP 01/99, que estabelece normas de atuação para as/os psicólogas/os em relação à orientação sexual. A palestrante pontuou a importância do documento que não se restringe somente à fronteira da Psicologia.

“Se inicialmente o efeito da deliberação foi apenas o alinhamento desse campo do saber, com a compreensão de que a homossexualidade não é uma doença, podemos considerar essa normativa, uma referência na formulação de políticas públicas para a população LGBT. A proposta também se consolida como uma ferramenta na defesa de direitos desse segmento, inclusive para os casos de decisão judicial”, disse a convidada.

Daniela explicou que, ao se deparar com uma demanda para cura gay, a/o psicóloga/o deve desconstruir a ideia do que é certo ou errado, no âmbito da sexualidade, prática sexual ou forma de se relacionar. “O grande desafio é escaparmos dessa ética da cura. Pensar que a identidade de gênero ou a orientação sexual não deve ser um dispositivo de enunciação de quem são as pessoas”, destacou a psi.

Durante o encerramento, a psicóloga relatou seu incômodo ao construir relatórios que validam a cirurgia de mudança de sexo, para as pessoas trans: “Pensar nos laudos e pareceres é urgente, pois os modelos que temos de orientação para a construção desses documentos é incompatível com a despatologização. Hoje, esses documentos estão dentro da lógica normativa e assim fica difícil fornecer algo que esteja compatível com o que foi construído no processo de cuidado”, finalizou.

 

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